Publicado em: 18 de janeiro de 2011 08h01min / Atualizado em: 20 de março de 2017 14h03min
Os primeiros 50 alunos de pós-graduação da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) já estão estudando. O curso de Especialização em Educação Integral iniciou na segunda-feira (17), no campus-sede, em Chapecó.
A abertura aconteceu pela manhã, com uma cerimônia reunindo dirigentes da instituição, autoridades, professores, servidores e os alunos do curso.
Os presentes puderam acompanhar a apresentação do Projeto Orquestração, da cidade paranaense de Pato Branco. Seis músicos, com violoncelos, violinos e teclado, tocaram o Hino Nacional e outras três músicas antes dos pronunciamentos da mesa.
O vice-reitor, no exercício da reitoria, Jaime Giolo, deu as boas-vindas aos estudantes e falou sobre a UFFS. Ressaltou que a instituição é parte do projeto do Ministério da Educação e Cultura (MEC) para a política educacional do Brasil, no sentido da interiorização do ensino superior e destacou que o início da pós-graduação é mais uma ação para plantar “a base de uma longa jornada”. Falou a respeito do que já foi feito na instituição e lembrou que 2011 será o ano de continuar zelando pela graduação, mas também agir fortemente na pós-graduação. Além disso, frizou que 2011 será “o ano do corpo material, quando os terrenos que consquistamos se tornarão um canteiro de obras”.
Com relação à Especialização em Educação Integral, Giolo foi bastante enfático: “A expectativa é das melhores possíveis. Não é qualquer especialização: é uma ação dentro de um terreno muito reivindicado pelos educadores e pela sociedade, mas tanto adiado”. Ele também agradeceu à equipe do MEC e a todos os que trabalharam pela especialização na UFFS, especialmente ao coordenador do curso, professor Élsio Corá. Por fim, fez um pedido aos alunos: “cerquem o tema de todos os ângulos, sob o ponto de vista de tempo, espaço, conteúdos, metodologia. Busquem que essas experiências repercutam nas escolas, secretarias de educação, no MEC e as articulem às iniciativas de educação integral no país”.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFFS, Joviles Trevisol, falou sobre o processo de seleção do curso, que teve 138 inscritos e gerou um “trabalho imenso” à comissão. Por isso, afirmou que os estudantes são privilegiados em poderem cursar a pós-graduação. Destacou que a especialização é um marco: inicialmente por ser a primeira experiência em ensino e pesquisa na pós-graduação na UFFS. Depois, e especialmente, por gerar uma grande expectativa pelos desdobramentos que pode gerar no processo de formação em uma área ainda carente – a Educação Integral.
O coordenador da especialização, professor Élsio Corá, apresentou um vídeo com a representação de todos os 17 municípios dos três estados do Sul com alunos na pós-graduação. Destacou que a turma marca a história da UFFS, mas também muito se espera dos alunos. “Pedimos aos professores que os alunos sejam cobrados, que realmente aproveitem a oportunidade que conquistaram.”
Depois da abertura, os estudantes assistiram à palestra de Gesuina de Fátima Elias Leclerc, professora Visitante Nacional da UFC, no curso de Filosofia, e colaboradora do Ministério da Educação, com o tema “Tópicos em educação integral: breves trajetórias”. Ela iniciou dizendo que esses são os primeiros alunos no Brasil a terem um curso com esse desenho e carga horária. Introduziu o assunto afirmando que a educação integral ainda está em construção, em movimento. “É o momento de compartilhamento de tensões e proposições em favor do debate democrático coletivo a respeito do assunto”.
A aluna da especialização Angela Girotto, 24 anos, professora da rede estadual de ensino no município de Ipuaçu, ficou animada com o início das aulas. “Foi além das minhas expectativas, estou bastante empolgada. O conteúdo é de extrema qualidade. Já sabia da competência dos professores, mas às vezes temos uma expectativa e ela é frustrada. Não é o caso agora”.
Angela é professora de Artes em uma Escola de Período Integral (EPI). Para ela, a diferença entre os alunos que frequentam a educação integral e os que não frequentam é bastante visível. Com o curso, entende que vai aprimorar ainda mais suas atividades. “Comecei a partir do que me disseram (nas atividades de educação integral). Penso que poderemos entender o que vai dar resultado na sala de aula. É estudar bastante teoria, para que possamos, depois, colocar em prática”.
O lúdico na educação, especialmente a confecção de brinquedos, deverá ser o tema da pesquisa de Angela. Ela, que ainda não havia tido a oportunidade de participar de cursos sobre a educação integral, pretende ter ainda mais a acrescentar nos encontros de professores da região de Ipuaçu, quando os educadores trocam as experiências vividas no ano.
O curso de Especialização em Educação Integral prevê 11 disciplinas, totalizando 368 horas de aulas, mais um evento de extensão, o “I Seminário Regional de Educação Integral”. A previsão é de que as atividade aconteçam até a metade do ano de 2012.
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