A sala Ely Camargo do Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nês, em Chapecó, ficou lotada durante a noite de abertura do I Congresso Sul-Brasileiro de Promoção dos Direitos Indígenas - CONSUDI. Cerca de 500 pessoas participaram da primeira noite do Congresso, realizada na terça-feira (27).

De acordo com a professora da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e integrante da comissão organizadora, Adiles Savoldi, o principal objetivo do evento é promover debates sobre a garantia dos direitos dos índios. “Segundo a professora, “antes, as populações indígenas lutavam pelo direito à terra, hoje, além disso, elas lutam pela cidadania, por condições dignas de trabalho e, principalmente, por uma relação respeitosa com toda a sociedade brasileira”, avalia.

De acordo com Adiles, esse evento surge justamente da necessidade de integração entre indígenas e não-indígenas afim de também minimizar o preconceito existente. “Por isso contamos com a participação de juristas, profissionais do Direito, professores, pesquisadores e representantes da comunidade indígena para construir, conjuntamente, diálogos que fundamentem e garantam a promoção dos direitos””, pontua.

O Cacique José Benites, da Aldeia Guarani da cidade de Biguaçu, litoral de Santa Catarina, ressalta a importância de eventos como esse. “”Vale a pena participar, pois é a oportunidade que temos para conhecer melhor os nossos direitos e o que mais podemos fazer pelos índios do Brasil em termos de políticas públicas””, destaca.

Após a abertura, o Coral Guarani fez uma apresentação e a programação do Congresso iniciou com a mesa-redonda “”Convenção 169 OIT e a proteção ao trabalho indígena””, na qual palestraram o Conselho Geral do Poder Judiciário da Espanha, representado por Maria Luisa Roldán Garcia e o representante da Associação Latino Americana de Advogados Trabalhistas (ALAL), Antonio Escosteguy Castro.

Confira no site do evento a programação de quarta-feira (28) e quinta-feira (29).