Publicado em: 18 de junho de 2012 15h06min / Atualizado em: 25 de abril de 2017 15h04min
Os acadêmicos do curso de Letras da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza – foram conhecer o Projeto Escolas Interculturais Bilíngues de Fronteira, criado pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). A iniciativa busca introduzir o bilinguismo em escolas públicas do ensino fundamental nas regiões de fronteira do Brasil com países que compõem o Mercosul. A viagem à Tríplice Fronteira foi realizada no início deste mês, nos dias 6, 7 e 8 de junho.
O grupo de aproximadamente 40 estudantes da terceira e quita fases do curso de Letras foram conferir na prática como funciona o projeto nas escolas Adele Zonatto Scalco, em Foz do Iguaçu, e Bilíngue nº 2, em Puerto Iguazu, na Argentina. O bilinguismo é trabalhado da seguinte forma: professores da Argentina vão à escola brasileira para dar aula em Espanhol e os docentes brasileiros fazem o sentido inverso, com aulas na Língua Portuguesa.
De acordo com a professora Ana Carolina Teixeira Pinto, a intenção é desenvolver o projeto na região Sudoeste do Paraná, contando com o apoio pedagógico da UFFS. “Nesse momento, nosso objetivo era apenas observar como funciona esse projeto para que talvez a gente desenvolva algo em nossa região”, comenta.
Além disso, a professora destaca que a viagem foi uma preparação aos acadêmicos, já que no próximo semestre iniciam os estágios em língua estrangeira. “Esse foi o primeiro contato que eles tiveram com o ambiente escolar, em um local onde o bilinguismo é trabalhado”, explica Ana Carolina.
Os acadêmicos também visitaram a escola de uma tribo indígena argentina, chamada Mborré. Lá, os alunos são trilíngues, falam o espanhol, o português e o guarani. Antes da visita, o grupo participou de uma oficina na Unila para aprender um pouco mais sobre o idioma indígena.
Para o acadêmico da quinta fase Alceni Elias Langner, o encontro com tanta diversidade cultural e linguística surpreendeu. “Foi algo novo, porque conhecemos mais sobre a nossa cultura e cultura argentina. O projeto é algo novo e muito diferente daquilo que estamos acostumados, vimos como ele acontece e percebemos as diferentes condições de ensino. O mais impressionante foi a visita à tribo indígena”.
O acadêmico da quinta fase Eduardo Alves dos Santos conta que a viagem foi muito positiva pelo contato com o ambiente de bilinguismo, pois até o momento isso ainda não tinha sido feito. “O interessante foi comparar a realidade das duas escolas, entre a brasileira e a argentina. As escolas do Brasil possuem uma melhor estrutura, enquanto que na Argentina essa condição não é muito boa”.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
28 de fevereiro de 2025
Chapecó
28 de fevereiro de 2025
Passo Fundo
28 de fevereiro de 2025
Nossa UFFS
24 de fevereiro de 2025
Passo Fundo