Publicado em: 15 de setembro de 2023 15h09min / Atualizado em: 15 de setembro de 2023 16h09min
O docente da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Passo Fundo Ricieri Naue Mocelin participou, nesta semana, do 11º Congresso Internacional de Neurociência – IBRO com apresentação de trabalho. O evento ocorreu no Centro de Exposições e Conferências de Granada, na Espanha, entre os dias 9 e 13 de setembro.
O trabalho foi apresentado no dia 12 em formato de pôster e teve como título “Efeito rápido e sustentado da N-Acetilcisteína no comportamento tipo ansiedade em peixes-zebra: uma nova perspectiva para o tratamento de transtornos neuropsiquiátricos?”. As atividades para concepção do trabalho foram realizadas totalmente no Laboratório de Neuropsicobiologia Translacional (LaNT) da UFFS – Campus Passo Fundo, com o apoio da UFFS e das agências de fomento Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FEPERGS), Agência de Internacionalização e Inovação Tecnológica da UFFS (AGIITEC) e Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (FAPEU).
De forma resumida, a pesquisa tem a seguinte perspectiva: por ser um fármaco multialvo e precursor da glutationa, a N-acetilcisteína possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, além de ser neuromoduladora de diferentes sistemas de neurotransmissores, principalmente o sistema glutamatérgico. A modulação desse sistema demonstra semelhança com o mecanismo de ação da cetamina que, combinado com o potencial sinaptogênico e neurotrófico, promove a prevenção de dano oxidativo, excitotoxicidade e morte neuronal. “Esse estudo teve como objetivo investigar os efeitos comportamentais da NAC em peixes-zebra adultos. Os animais foram expostos agudamente por 20 minutos a Fluoxetina, Cetamina e N-acetilcisteína, tendo seu comportamento avaliado 24 horas após. Após análise, verificamos que tanto a N-acetilcisteína quanto a Cetamina não apresentaram comportamento tipo ansiolítico, porém, a Fluoxetina induziu comportamento tipo-ansiolítico mas com dano locomotor”, esclareceu Ricieri.
Ainda, conforme o docente do Campus Passo Fundo, “apesar disso, nenhuma intervenção ansiogênica foi realizada para avaliar os potenciais efeitos reversores da N-acetilcisteína, conforme já demonstrado na literatura. Nesse sentido, estudos adicionais estão sendo conduzidos para avaliar a eficácia da N-acetilcisteína em transtornos mentais relacionados ao estresse comparado com outros antidepressivos utilizados na clínica com menores efeitos adversos e melhor adesão ao tratamento”.
“A experiência internacional foi de extrema importância, pois possibilitou ampliar os conhecimentos em neurociência clínica e pré-clínica, principalmente no que tange a novas terapêuticas e estratégias de tratamento na neuropsiquiatria. Por fim, a comunicação com outros pesquisadores e instituições internacionais proporcionou troca de experiências e contatos para futuras colaborações”, analisa Ricieri.
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