Publicado em: 12 de abril de 2012 09h04min / Atualizado em: 30 de janeiro de 2017 08h01min
Na última segunda-feira (09), estiveram reunidos, no auditório da UFFS – Campus Laranjeiras do Sul, representantes dos movimentos sociais, MPA e MST, juntamente com o diretor do campus, Paulo Henrique Mayer, e os professores Joaquim Gonçalves da Costa, Solange Todero Von Onçay
e Patricia Guerrero, para discutir a proposta de construção de um Centro Socioeducativo com o objetivo de trabalhar uma nova metodologia no regime de alternância.
O projeto fará parte da infraestrutura geral do campus de Laranjeiras do Sul e pode ser chamado de Centro de Educação do Campo. A estrutura do espaço levará em consideração a dimensão pedagógica e socioeducativa para o educando e propõe acolher o aprendizado já desenvolvido junto aos movimentos sociais, os quais, tem como princípio desenvolver a escolarização dos povos do campo (agricultores camponeses, indígenas, etc...) com diferentes cursos de graduação, futuramente mestrado e doutorado, além de cursos de capacitação sem retirá-los de seu mundo de trabalho.
De acordo com a professora da UFFS e colaboradora do projeto, Solange Todero, a construção física deste espaço terá o cuidado de acolher acadêmicos e formadores oferecendo estrutura adequada para permanecerem em tempo integral de estudos organizados dentro de espaços pedagógicos. “É nisto que justifica-se a alternância, Tempo Universidade - Tempo Comunidade. Possibilita que os participantes não percam o vínculo de seu local de origem e que possibilite fazer com que a universidade aprofunde a teoria a partir das necessidades emergentes, com a contribuição das diferentes áreas do conhecimento,” concluiu.
O projeto do centro deverá contemplar diferentes espaços físicos para além do que já prevê o projeto da universidade como, por exemplo, a ciranda infantil e quartos individuais para os educadores convidados que vierem a trabalhar com as turmas.
Segundo o professor coordenador das discussões e elaboração do projeto, Joaquim Gonçalves da Costa, o centro poderá abrigar também, no futuro, a oferta de disciplinas de mestrado e doutorado, em regime de alternância. “ O direito à educação dos povos do campo precisa garantir o vínculo com o contexto do campo. Não podemos oferecer uma escolarização emancipadora, retirando os sujeitos de sua cultura, de seu contexto e da problematização necessária do campo, uma vez que este é o objeto de estudo, que é sobre este contexto que precisa incidir o papel do conhecimento para que haja um desenvolvimento social, político e econômico a serviço dos próprios sujeitos”, afirmou.
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
28 de fevereiro de 2025
Chapecó
28 de fevereiro de 2025
Passo Fundo
28 de fevereiro de 2025
Nossa UFFS
24 de fevereiro de 2025
Passo Fundo