Publicado em: 01 de outubro de 2018 14h10min / Atualizado em: 01 de outubro de 2018 18h10min
Os egressos do curso de Engenharia de Aquicultura da UFFS – Campus Laranjeiras do Sul Juliana Hösel de Carvalho e Cristian Zwetzch do Nascimento e os professores Silvia Romão e Alexandre Manoel dos Santos tiveram um pôster premiado no Congresso Brasileiro de Aquicultura e Biologia Aquática (AQUACIÊNCIA 2018), realizado entre os dias 17 e 21 de setembro, em Natal-RN.
Durante o evento, estudantes e docentes do curso apresentaram resultados parciais de dois trabalhos relacionados ao estudo de alternativas para o combate do microcrustáceo ectoparasita Lernaea cyprinacea, o mais frequente dos crustáceos que parasitam os peixes, um dos quais foi premiado. O pôster premiado foi submetido na categoria Graduação e refere-se ao trabalho intitulado “Letalidade do extrato de Pinus elliottii sobre o parasita de peixe Lernaea cyprinacea”.
Conforme explica a docente Silvia, “o parasita estudado acomete peixes em geral, mas principalmente peixes sem escama, como é o caso das espécies do gênero Rhamdia, conhecidas como jundiá, muito cultivadas na região. O parasita prende-se a locais como pele, olhos, nadadeiras, boca e brânquias do peixe, alimentando-se do animal e levando a repercussões patogênicas como apatia, anorexia, perda de equilíbrio, natação errática e letargia, além de lesões que podem causar fortes hemorragias, processos anêmicos e doenças secundárias com a penetração e instalação de fungos e bactérias, podendo ser fatal ao hospedeiro”.
O estudo foi realizado comparando dois compostos para o combate do Lernaea. O primeiro, um organofosforado (triclorfon), identificado como eficaz para o combate do parasita e licenciado para uso na aquicultura, porém com alto risco de contaminação e degradação ambiental. O segundo composto foi o extrato de pinus (Pinus elliottii), recomendado para tratamento alternativo, porém com ausência de informações sobre eficiência e segurança.
Espécimes de Lernaea foram retirados da pele de jundiás e submetidos ao tratamento com triclorfon (concentração recomendada para tratamento) e pinus em diferentes concentrações e não tratados (controle). Os resultados demonstraram que as concentrações mais baixas de pinus apresentaram efeitos semelhantes ao triclorfon e a concentração de 100 mg/L do extrato apresentou-se mais eficiente em causar a morte dos parasitas no mesmo período (causou 178 % mais mortes que o triclorfon).
O estudo confirmou o potencial do pinus no combate a Lernaea e indica concentrações em que o extrato é mais eficiente que o composto triclorfon.
A relação dos trabalhos premiados no Aquaciência 2018 pode ser consultada no site do evento.
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