Publicado em: 08 de novembro de 2012 10h11min / Atualizado em: 25 de janeiro de 2017 10h01min
O Projeto de Pesquisa da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Laranjeiras do Sul “A Revolução do Sangue: a formação das agroindústrias da carne e as mudanças de atitude em relação aos animais” estuda, desde abril de 2012, as transformações nas práticas de criação de suínos para abate nas granjas industriais do Paraná entre 1950 e 1980.
De acordo com o coordenador do projeto, professor Miguel de Carvalho, outros temas de investigação são as mudanças técnicas implantadas nas granjas do Paraná, os discursos técnico-científicos, jornalísticos e empresariais relacionados à produção de suínos no Estado e a dinâmica espacial e econômica de expansão do modelo de criação intensiva de suínos. “É uma pesquisa bastante inovadora, já que não se encontra muita coisa na área histórica da relação entre humanos e animais. Além disso, é um estudo promissor, de muita relevância social e que tem muito a contribuir academicamente”, destaca o professor.
Segundo Carvalho, o período entre os anos de 1950 e 1980 foi escolhido para ser estudado por se tratar da época mais polêmica da relação entre humanos e animais, quando iniciam os confinamentos e acontecem outras mudanças de práticas.
As fontes primárias para a pesquisa são documentos históricos como censos agropecuários, relatórios do Ministério da Agricultura, boletins técnicos da Secretaria da Agricultura do Paraná, e publicações da extinta Associação de Crédito e Assistência Rural do Paraná (ACARPA) e da Associação Paranaense de Suinocultores (APS). Os dados são coletados na Biblioteca do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), Biblioteca Pública do Paraná e sede da APS, todas localizadas em Curitiba. “Estamos em um processo intermediário da pesquisa, na parte de análise dessas fontes, em que começamos a fazer algumas conclusões”, explica o estudante bolsista do projeto, Bruno Provin.
Resultados parciais
Os resultados parciais do projeto já foram apresentados no II Simpósio Internacional de História Ambiental e Migrações, em Florianópolis, e na fase local do II Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFFS (II SEPE).
Foram identificados três momentos básicos da história da criação de suínos: a criação tradicional, a criação moderna/intensiva e a era do bem-estar animal ou pós-produtivista. Conforme as apresentações realizadas pelo projeto nos dois eventos, houve um crescimento do número de abates e do sofrimento animal a partir da modernização. “Até o momento, foi um processo bem proveitoso. Pretendemos, no futuro, criar um grupo de pesquisa, pois o tema que está sendo estudado é amplo e abre um leque muito grande de possibilidades”, afirma Provin.
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