Publicado em: 14 de julho de 2014 08h07min / Atualizado em: 19 de janeiro de 2017 08h01min
Na última sexta-feira (11), o ouvidor agrário regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Raul Bergold, realizou uma palestra sobre reforma agrária e meio ambiente na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Laranjeiras do Sul.
Para o ouvidor, a palestra é uma oportunidade para trocar experiências. "É um compartilhar de experiências. Por conta do meu trabalho e da minha formação, estudei alguns pontos que acabam se relacionando com as matérias dos estudantes e acho que é importante compartilhar esse conhecimento, trocando experiências, até para revisar alguns conceitos que a gente formula e não estão tão adequados à prática", opina Bergold, que tem formação em Direito e atua no Incra com resolução de conflitos agrários.
Em sua fala, ele abordou os ciclos econômicos do café, da erva mate, da madeira e da soja, vividos pelo Paraná, assim como as transformações que eles ocasionaram na ocupação do solo e exploração de recursos naturais, especialmente as florestas. O ouvidor também explanou sobre a história do surgimento dos latifúndios no Brasil, que teve origem nas sesmarias do período colonial, passando pela Lei de Terras, de 1850, até as questões legais de posse e propriedade dos dias atuais.
"A ideia de trazer convidados externos é ampliar os horizontes dos nossos alunos. Tentamos trazer uma visão desde diferentes ângulos, diferentes olhares. Neste caso, por exemplo, desde o viés ambiental, que vem a complementar o viés econômico. Tentamos integrar os conhecimentos, com pessoas que possam fazer essa relação", aponta a professora Marisela Garcia Hernandez, da UFFS – Campus Laranjeiras do Sul, uma das organizadoras da palestra.
Alunos do professor Julian Perez Cassarino na disciplina de Meio Ambiente também participaram da atividade. Para o docente, a palestra complementa de forma prática os conhecimentos trabalhados em sala de aula, como "as grandes questões ambientais relacionadas ao desenvolvimento e como isso afeta a agricultura", explica o docente. "A palestra é uma forma de mostrarmos uma realidade concreta para os estudantes, com um profissional do Incra, um órgão que trabalha com conflitos agrários e ambientais. Isso para que os acadêmicos possam ter um conhecimento prático de quais são os problemas que eles vão enfrentar quando forem profissionais formados e forem atuar a campo", complementa Cassarino.
Na segunda parte da palestra, Bergold abordou a construção de uma nova proposta de relação homem-natureza, suas possibilidades e desafios. Ele defendeu a agroecologia e a reconexão do ser humano com a natureza, a integração de espaços de produção e conservação e a valorização dos saberes tradicionais. O palestrante falou ainda da reforma agrária na perspectiva de sua contribuição para a política pública ambiental.
Para os acadêmicos da 1ª fase de Agronomia Gilmar Pereira dos Santos e Bruna Oliveira, a palestra serviu para relembrar conteúdos vistos em sala de aula. “A maior parte do que o palestrante falou eu já tinha visto no 1º bimestre do curso. Mas achei bem legal porque cada professor fala de um jeito”, opina Santos. Para Bruna, a palestra foi uma oportunidade de relembrar diferentes matérias. “Eu já tinha visto essa parte da erva mate, madeira, na aula do professor Miguel Carvalho, de História. Essa parte mais ambiental é do professor Cassarino. Está bem legal a palestra, contribui para a minha formação porque é a história da fronteira sul”, diz Bruna.
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