Publicado em: 29 de setembro de 2020 13h09min / Atualizado em: 06 de outubro de 2020 16h10min
O programa de extensão da UFFS – Campus Erechim “Arquitetura e Cidade: uma proposta decolonizadora” desenvolveu, em parceria com as universidades moçambicanas Wutivi (UniTiva) e Eduardo Mondlane (UEM), um projeto arquitetônico para a nova sede do centro de ajuda e acolhimento Hakumana.
O Centro Hakumana é uma entidade situada em Maputo, capital de Moçambique, país localizado no sul do continente africano, e que atende crianças e adultos soropositivos, promovendo ações de orientação, assessoria, integração social e pesquisa relacionadas ao vírus HIV. O projeto desenvolvido em parceria entre as universidades contempla a nova sede, que será construída em Impaputo e atenderá comunidades do interior.
De acordo com o coordenador do programa de extensão e orientador do projeto, professor Murad Vaz, o trabalho é um desdobramento da oficina internacional “O papel social da Arquitetura: debate e ação”, realizada em Moçambique, em julho de 2019. O evento foi concebido em parceria entre o projeto de pesquisa da UFFS “Maputo: reflexões compartilhadas”, coordenado pelo docente; a Wutivi (UniTiva) e o Centro Hakumana, que promoveram e sediaram o evento; a UEM; os Arquitetos Sem Fronteiras e a arquiteta e pesquisadora portuguesa Silvia Jorge.
Ao longo de quatro dias, estudantes de Arquitetura e Urbanismo participaram de palestras, mesas-redondas, trabalho de campo e de criação e projeto em ateliê e tiveram assessoramento de docentes, pesquisadores e técnicos das instituições envolvidas. Na ocasião, foram desenvolvidas propostas projetuais para a nova sede da instituição.
“Em 2020, as discussões e propostas desenvolvidas em 2019 foram retomadas para concepção e criação do atual projeto”, explica Murad. Nesta etapa, estão participando os acadêmicos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo da UFFS – Campus Erechim Gustavo Augusto Tomé Rocha, Luana de Lima Bueno, Pietra Picolo Antunes e Thaiz dos Santos Oliveira e a acadêmica da Wutivi (UniTiva) Cláudia Mondlane, além da arquiteta e urbanista egressa da UFFS Cila Fernanda Silva. O projeto foi desenvolvido por meio de reuniões on-line diárias e contou com orientação do professor Murad e assessoramento dos professores Remigio Chilaule, da UEM, e Daiane Bertoli, da Wutivi (UniTiva), além da irmã Rute Mesquisa, responsável pelo Hakumana.
Murad destaca que o grupo aprofundou “estudos sobre como as pessoas se apropriam dos diferentes espaços, as diversas possibilidades da arquitetura como espaço para a vida humana, os materiais locais, técnicas construtivas e soluções para a amenização do clima, fortalecendo a pesquisa em arquitetura e urbanismo, o reconhecimento de diferentes contextos e reforçando a extensão como atividade formativa e de troca de informações e diálogos”.
Em função do clima e da vegetação típica da região, o projeto priorizou uma edificação com telhado solto e pátio interno, para ventilação constante e cruzada. “Precisamos também trabalhar com baixo orçamento, então priorizamos materiais e técnicas simples, como tijolo, bloco de concreto, elementos vazados para ventilação permanente. Pequenos vãos e aberturas padronizadas também foram escolhidos para diminuir os custos”, conta o docente.
O projeto já foi enviado ao Centro Hakumana, com tabelas de quantificação, para que sejam realizados o orçamento e a obtenção de recursos para a realização da obra.
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