Publicado em: 28 de abril de 2014 13h04min / Atualizado em: 09 de janeiro de 2017 07h01min
O quarto mestrado oferecido pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - primeiro implantado no Campus Erechim - teve a sua Aula Magna na última sexta-feira (25). Estudantes e professores do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA), além de lideranças acadêmicas, acompanharam a aula ministrada pelo pesquisador José Vladimir de Oliveira, que abordou o tema “Pesquisa, Pós-graduação e Inovações Tecnológicas: perspectivas e desafios na área ambiental”.
Para o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFFS, Joviles Trevisol, a implantação do mestrado é resultado do estabelecimento de prioridades acerca das áreas de atuação da Universidade e também de uma política clara de expansão dos cursos Stricto Sensu para todos os campi. “Nós pensamos a pós-graduação de acordo com a natureza multicampi da Universidade”, ressaltou.
Ele lembra que, ainda em 2010, no primeiro ano de funcionamento da UFFS, a pós-graduação começou a ser estruturada. “Nós realizamos uma conferência ampla e, a partir daí, desenhamos quais seriam as áreas em que a Instituição investiria fôlego, energia e recursos nesse primeiro momento de implantação”, conta. Entre essas áreas prioritárias está a ambiental, abrangida pelo programa de mestrado implantado no Campus Erechim.
Trevisol destaca que há outros programas em planejamento, que em breve devem ser implantados, além de a Universidade já vislumbrar a implantação de um doutorado. “Nós já cumprimos o que a lei determina, que são quatro mestrados até 2016, mas nós temos que priorizar, a partir de agora, o doutorado”, pontuou. Para ele, a pós-graduação é fundamental e estratégica para a região. “Tem muito mais carência no campo da pós-graduação do que da graduação. Temos poucos programas de mestrado na região e os programas que temos são, quase todos, conceito três”, explicou o pró-reitor.
O diretor do Campus Erechim, Ilton Benoni da Silva, ressaltou o caráter de instituição formadora da Universidade que, fundamentalmente, produz conhecimento científico. A implantação do primeiro mestrado, segundo ele, vem ao encontro do fortalecimento da área de pesquisa e, consequentemente, das demais áreas acadêmicas. “A pós-graduação, o programa de mestrado, vem adensar a pesquisa, que já conta com produção significativa no Campus”, disse.
Integrar tecnologia e questões ambientais
Coube à coordenadora do PPGCTA, Helen Treichel, apresentar o ministrante da aula. Conforme ela, o professor José Vladimir de Oliveira possui uma vasta experiência e produção acadêmica acerca da área de inovação tecnológica, além de conhecer bem o mestrado implantado no Campus Erechim. O doutor em Engenharia Química e integrante do Núcleo de Assessores em Tecnologia e Inovação (Nati) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) realizou consultoria para a elaboração da proposta encaminhada e aprovada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Oliveira resumiu sua fala em três aspectos: como a pesquisa se integra com a pós-graduação, como a pós-graduação se faz necessária nesse contexto da pesquisa e como a pesquisa e a pós-graduação podem contribuir para a inovação tecnológica, para o desenvolvimento sustentável e para a qualidade de vida. “O que a gente quer mostrar é que existem vários desafios e várias possibilidades em que as inovações tecnológicas, o desenvolvimento tecnológico, o conhecimento, a pesquisa e a pós-graduação podem contribuir com a sociedade para termos um ambiente mais saudável, não abrindo mão das nossas necessidades”, disse o pesquisador.
Ele ressaltou, ainda, o caráter relevante da descentralização desse tipo de produção de conhecimento, que se concretiza a partir da propagação do ensino superior público e gratuito. “É muito importante para o país essa 'desmetropolização' do conhecimento”, concluiu.
O mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental iniciou suas atividades no dia 14 de abril, no Campus Erechim.
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