Publicado em: 05 de fevereiro de 2014 12h02min / Atualizado em: 09 de janeiro de 2017 07h01min
Uma escola organizada e gestionada por trabalhadores. É assim que funciona a Escola Nacional Florestan Fernandes, inaugurada em 2005 pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no município de Guararema/SP. A instituição foi o foco de uma visita pedagógica realizada, nos dias 31 de janeiro e primeiro de fevereiro, por estudantes do oitavo período do curso de Pedagogia da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Erechim.
Conforme a professora Naira Roesler Mohr, que acompanhou o grupo, a iniciativa integrou a disciplina de Processos Educativos em Espaços Não-escolares, a qual faz parte do currículo do curso de Pedagogia da UFFS – Campus Erechim devido à compreensão de que a ação educativa se faz, também, a partir de outras interações sociais, para além dos espaços formais de ensino.
Segundo ela, esse componente curricular prioriza discutir a relação entre educação e cultura política, tendo como foco principal promover estudos e análises das diversas práticas educacionais (formais, informais e não-formais) que ocorrem nos mais diversos espaços, principalmente no âmbito dos movimentos sociais e entidades da sociedade civil organizada.
Escola Nacional
A Escola Nacional Florestan Fernandes desenvolve diversos processos de formação (formais e não-formais) organizados e gestionados por trabalhadores ligados aos movimentos sociais da América Latina. “A estrutura chama a atenção pelo fato de ter em seu processo de construção o apoio e envolvimento dos próprios estudantes, em que combinam-se momentos de estudo e trabalho. Segundo os atuais coordenadores, muitos trabalhadores foram alfabetizados enquanto erguiam as paredes da escola”, explica Naira.
A ação solidária se faz presente em todos os processos desenvolvidos na escola. “Diversas pessoas e organizações sociais contribuíram com os recursos financeiros para a aquisição da área e os materiais de construção, com destaque para o compositor Chico Buarque, o fotógrafo Sebastião Salgado e o escritor José Saramago, que doaram recursos de suas obras comercializadas em diversos países”, conta a professora.
Roteiro
Além da Escola Nacional Florestan Fernandes, os estudantes também fizeram um roteiro pela capital paulista. No Museu Anchieta e Pateo do Collegio, espaço que marca a criação da Vila de São Paulo, obtiveram uma explanação detalhada com professores de História e Geografia sobre o processo de atuação política e pedagógica dos jesuítas no Brasil, como por exemplo a utilização das “paulistinhas”, imagens sacras adaptadas ao contexto brasileiro.
Na visita ao Museu da Língua Portuguesa destacou-se a percepção do idioma como patrimônio imaterial, utilizando imagens, tecnologias e recursos interativos para apresentação de seus conteúdos. Nesse mesmo local o grupo visitou a Exposição “Cazuza - Mostra sua Cara”, que evidencia a face política do compositor.
As estudantes realizaram ainda um roteiro pelo centro histórico de São Paulo: Largo do São Francisco, Rua São Bento, Mosteiro Beneditino, Mercado Público e Estação da Luz.
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