Publicado em: 23 de setembro de 2022 13h09min / Atualizado em: 23 de setembro de 2022 13h09min
Um experimento feito como atividade didática do componente “Sistemas Agroflorestais” gerou surpresa e frutos; ou melhor, hortaliças. A surpresa foi a produção considerada boa, maior do que a esperada, segundo o professor do componente, Geraldo Ceni Coelho.
Durante as aulas, o professor propôs um desafio aos discentes no estudo de Sistemas Agroflorestais: escolher cultivos que poderiam ser desenvolvidos em sistemas agroflorestais e colocar a ideia na prática. Assim, de acordo com o professor, em grupos, além de escolherem as culturas, os estudantes também tiveram pensaram os arranjos e os tratos culturais.
“Como o trabalho foi desenvolvido em pequena escala (em uma área de 400 m2), não havia a pretensão de alcançar grandes produções”, ressaltou o professor Geraldo. Porém, foi justamente isso que aconteceu com o grupo que havia escolhido trabalhar com hortaliças. Dessa forma, o excedente da colheita surpreendente de alface, cenoura, brócolis, salsa, acelga e beterraba, foi repassada ao Restaurante Universitário (RU).
O professor ainda contou que o cultivo de hortaliças demanda bastante cuidados, algo que não ocorreu, já que os estudantes, em final de curso, estavam uma rotina intensa de estudos. Além disso, a área também não conta com irrigação. Segundo o professor, seria necessário aprofundar a pesquisa da razão do sucesso com as hortaliças, mas ele especula que o microclima tenha favorecido a boa produção, com um consumo de água menor.
No término da disciplina, os resultados foram discutidos em um seminário, para o qual foram realizadas a análise econômica e a avaliação da viabilidade do sistema. “Foi possível constatar que com baixa tecnologia é possível conseguir resultados razoáveis”, destacou.
Com a próxima turma, que já está iniciando os estudos, a ideia é propor que os estudantes sigam um pouco além. Após os experimentos – cuja área passará de 400 para 1,5 mil metros quadrados -, a proposta será que os estudantes também façam a divulgação do trabalho, com o oferecimento de um minicurso ou de uma oficina sobre as agroflorestas.
“A experiência mostra que se pode aliar a prática experimental com situações concretas e o aprendizado técnico, e estimula a promoção de mais atividades didáticas, incluindo trabalhos de extensão universitária, envolvendo o público externo”, frisou ele.
Mais sobre as agroflorestas
O professor Geraldo explica que os sistemas agroflorestais, ou agroflorestas, são consórcios de cultivo agrícola que inclui árvores. Para ter bons resultados, é necessário realizá-las com arranjos adequados – por exemplo, espaçamentos, alinhamentos e densidades.
Essa maneira de cultivo é consagrado em outros países, especialmente nos EUA e na China, além de países europeus como França, Alemanha e Inglaterra. Nesses países, de acordo com ele, são oferecidos recursos para subsidiar as agroflorestas, o que ajuda a romper com a resistência cultural.
Quando bem conduzida, a agrofloresta oferece, ainda segundo o professor, um leque de vantagens ambientais, como a incorporação de carbono, incorporação de matéria orgânica no solo, atração da fauna nativa e controle biológico mais eficiente.
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