Publicado em: 02 de maio de 2018 09h05min / Atualizado em: 02 de maio de 2018 09h05min
Na quinta-feira (03), às 19h30, no auditório do Bloco B, será exibido o documentário “Karla com K” que trata da trajetória de vida da presidenta da União Nacional LGBT de Chapecó, Karla Muniz. Ativista, sensível e empoderada, Karla Muniz, é, e já ultrapassou a estimativa de vida de uma transexual no Brasil. Além de conhecer seus desafios na luta contra a homofobia e o preconceito envolto na identidade de gênero, “Karla com K” é um convite a entrar no mundo da militância LGBT e de suas narrativas.
As inscrições devem ser realizadas preferencialmente AQUI, até às 16h da quinta-feira (03). Inscrições na hora, excepcionalmente, poderão ser realizadas mediante registro em fichas em branco disponíveis no credenciamento com a equipe do projeto. O evento contará com certificação que poderá ser validada como Atividade Curricular Complementar (ACC) de Cultura.
A exibição do documentário faz parte do Projeto Cultural "Refletindo sobre identidade de gênero e orientação sexual a partir da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais: construção de espaços dialógicos à luz de Paulo Freire", sob a coordenação do professor do curso de Enfermagem, Cláudio Claudino da Silva Filho, e tem como objetivo geral promover espaços dialógicos, na perspectiva de Paulo Freire, para instigar reflexões relacionadas à identidade de gênero e orientação sexual, baseado na Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
De acordo com Cláudio, a importância dessa exibição se traduz quando refletimos sobre o contexto preocupante de ódio e intolerâncias de todas as ordens que o Brasil vive na atualidade. “As violências, não só as visíveis, se capilarizam nas relações e acometem sobretudo populações marginalizadas historicamente, denominadas ´minorias` sociais. Como agravante, esses grupos vêm sofrendo com mais ênfase os retrocessos em políticas públicas conquistadas nos últimos anos com muita luta, encabeçada pelos movimentos sociais. Ser LGBTQ+ no Brasil não é só difícil, mas consideravelmente arriscado em termos de integridade física e moral”, explicou.
Cláudio ainda afirma que quando se fala da população trans, o panorama consegue alarmar ainda mais, pois dados publicados em novembro de 2016 pela ONG europeia Transgender Europe (TGEu) denunciam que no Brasil, ao menos 868 travestis e transexuais foram mortas nos últimos oito anos, colocando nosso país no topo do ranking mundial de nações com mais registros de homicídios de pessoas transgêneras.
Para ele, o Sistema Único de Saúde também reflete essa realidade de discriminação. “No SUS, a situação não é diferente, já que diversos estudos apontam os processos discriminatórios e violentos que afastam essa população dos serviços de saúde. Sendo assim, debater o documentário se torna necessário, pois além de valorizar uma produção artístico-cultural reflexiva e local, produzida por graduandas/os em Jornalismo da Unochapeco, dá luz à trajetória de uma mulher guerreira que nos inspira com sua luta diuturna, e que deve assim movimentar reflexões semeadoras de mudanças, sobretudo nos graduandos/as em saúde, e para além deles/as, em toda comunidade universitária”, afirmou.
O documentário Karla com K foi produzido no curso de Jornalismo da Unochapecó pelas acadêmicas, Bruna Letícia Tomaz e Luciana Fernanda Colares, e pelo acadêmico, Matheus Antonio Kraemer. Teve ainda a orientação da professora, Ilka Goldschmidt.
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