Publicado em: 07 de julho de 2017 10h07min / Atualizado em: 07 de julho de 2017 11h07min
Debater as relações público x privado na saúde foi o tema do primeiro encontro realizado no Campus Chapecó do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (CEBES) – Núcleo Chapecó. O evento reuniu participantes dos cursos de Graduação do Campus Chapecó, do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e da Unochapecó, gestores da Secretaria de Saúde de Chapecó, da Secretaria do Desenvolvimento Social de Santa Catarina, da Secretaria de Desenvolvimento Humano de Santa Catarina e do Movimento das Mulheres Camponesas.
A trajetória dos CEBES se baseia no que se chama Proteção Social, cujas bases vêm do Estado de Bem-Estar Social da Europa no pós-guerra, quando a região viveu a Era de Ouro com garantias de qualidade de vida para os trabalhadores e cidadãos. Nesse sentido, contribuiu para o capítulo da Constituição Federal sobre Seguridade Social, onde se incluem os setores Saúde, Assistência e Previdência.
De acordo com a professora dos cursos de Enfermagem e Medicina do Campus Chapecó, Daniela Savi Geremia, é exatamente neste pacote de princípios constitucionais que se encerram os movimentos de desmonte dos direitos civis da nação brasileira, sobretudo após o golpe parlamentar de 2016 e, crescentemente, na questão dos Planos de Saúde Acessíveis. “Cada vez mais o setor privado de assistência à saúde tem explorado o SUS, não atuando de forma complementar, mas sim de forma competitiva. Ademais, o atual governo tem estimulado a criação de planos de saúde populares, os chamados planos acessíveis e privilegiado a iniciativa privada”, explicou.
Núcleo Chapecó
O CEBES – Núcleo Chapecó tem como objetivo abrir duas frentes de interesse para a região, fundamentados na saúde como direito, que possam aglutinar profissionais, estudantes, gestores e docentes. Essas frentes seriam a Saúde Mental, considerando que a UFFS já tem um movimento consolidado nessa área e também a saúde ambiental, já que a Universidade também tem uma trajetória e um forte movimento contra os agrotóxicos e o incentivo à agroecologia. “Essas frentes não se encerram; pelo contrário, mediante interesses a serem apresentados, é desejável que outras frentes de estudo e atividades sejam abertas”, afirmou Daniela.
Ainda segundo ela, o próximo encaminhamento do núcleo é elaborar um projeto de Extensão com atividades mensais diversificadas, com debates direcionados nas formas de exibição de documentários, filmes, leituras prévias de textos que abordem a conjuntura e a estrutura do setor de saúde no país.
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