Publicado em: 01 de abril de 2016 09h04min / Atualizado em: 01 de abril de 2016 09h04min
Desafios, polêmicas, dificuldades e formas de viabilizar a formação continuada foram os aspectos debatidos durante todo o II Seminário Macromissioneiro de Formação Continuada coordenado pelo Programa de Formação Continuada da UFFS – Campus Cerro Largo. O evento, realizado na quarta-feira (30), reuniu cerca de 600 profissionais da Educação de toda a região, além de licenciandos e professores do Ensino Superior, no Salão Paroquial, no Centro da cidade.
Na oportunidade foi lançado o livro “Formação Continuada Macromissioneira”, que teve a participação de 77 autores ligados à Educação e foi resultado dos trabalhos realizados pelo Programa, que já vem sendo pensado e estruturado desde 2011. “Do Programa nós conseguimos a produção do livro que foi lançado para toda a região. Além disso, temos uma outra produção que está quase finalizada: é um e-book com textos diferentes deste. O livro impresso tem mais de 70 autores e, no e-book, temos produções de 700 professores da região”, afirmou um dos organizadores do livro e coordenador do Programa, Luis Fernando Gastaldo.
A profissão do professor
O seminário contou com a participação do professor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa, e da professora da UFRGS, Maria Beatriz Luce. Uma das ideias centrais de Nóvoa é que um educador deve reconhecer que existe uma profissão de professor, com conhecimento próprio, em que “reside o coração da formação do professor” e que não basta apenas saber História para ensinar História ou saber Matemática para ensinar Matemática, por exemplo. “A profissão de professor é uma profissão baseada no conhecimento que se desdobra de muitas maneiras. É um conhecimento científico, com certeza, das disciplinas de bases, mas é um conhecimento pedagógico, psicológico, experiencial, que vem do trabalho que estamos fazendo. É também colaborativo, que se constrói com a relação com nossos sonhos. A profissão de professor é puro conhecimento, então faz sentido ter programas de formação de professores”, argumenta o doutor em Ciências da Educação.
Para Luce, o Programa de Formação Continuada Macromissioneira é a resposta a uma política pública de nível nacional que coloca como direito e exigência do e para o exercício do professor a formação continuada, além de inserir a formação continuada como um item de valorização dos profissionais da Educação. O Plano Nacional de Ensino (PNE) tem origem no diagnóstico das necessidades das escolas, que são caracterizadas como uma unidade fundamental, um todo indivisível e insubstituível dentro do Sistema Nacional de Educação. A pedagoga também destaca o processo democrático em que foi construído o Sistema: “é importante reconhecermos isso porque é uma política que articula as responsabilidades da União, do poder estadual, dos poderes municipais e das escolas e que foi construída com a participação coletiva, prevendo na sua implementação a participação da sociedade civil, dos movimentos sociais, das entidades representativas dos profissionais da educação, dos sindicatos de professores, das associações de pesquisadores, especialistas das mais diferentes áreas do conhecimento”.
O vice-reitor da UFFS, Antônio Andrioli, avaliou que o Programa de Formação Continuada é um direito dos profissionais sendo posto em ação. “Parece óbvio que tenhamos que construir um programa para implementar algo que está instituído legalmente. Mas, às vezes, é necessário dizer ou fazer o que é óbvio. Na ciência, muitas vezes, é isso que temos a destacar, e a UFFS assumiu para si uma causa que merece ser defendida justamente porque é óbvia”, destacou Andrioli.
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